O vasto e inexplorado "Vale da Estranheza" ou "Uncanny Valley" está localizado na mente humana, num lugar situado entre aquilo que nosso olhar observa e cria empatia (provocada pela ativação das células espelho), e aquele lugar onde o que se é observado causa repulsa total (provocada pela ativação da ínsula, responsável pelas emoções).
O "vale" em questão é oriundo de um gráfico da reação positiva de um ser humano em função da verossimilhança de um robô. A expressão foi criada pelo professor Japonês de robótica, Masahiro Mori que diz que quando réplicas humanas se comportam de forma muito parecida — mas não idêntica — a seres humanos reais, provocam repulsa entre observadores humanos.
A hipótese original de Mori diz que, à medida em que a aparência do robô vai ficando mais humana, a resposta emocional do observador humano em relação ao robô vai se tornando mais positiva e empática, até um dado ponto onde a resposta rapidamente se torna uma forte repulsa. Entretanto, à medida em que a aparência continua a ser menos distinguível de um ser humano, a resposta emocional passa a ser positiva novamente e finalmente aproxima-se do nível de empatia entre dois humanos reais.
Essa área de resposta repulsiva gerada por um robô com aparência e movimentação entre "praticamente humano" e "completamente humano" é o vale da estranheza. O nome abrange a ideia de que um robô com aparência quase humana aparenta "estranho" para alguns humanos, produzindo essa sensação e falhando em ativar uma resposta empática necessária para uma interação humano-robô produtiva.
A mente humana, ao observar um semelhante, gera uma atividade incomum nos neurônios espelho, que são células que estão localizadas no córtex pré-motor, denominando-se de neurónios viso-motores ou células espelho. Trata-se de um neurônio que dispara tanto quando um animal realiza um determinado ato, como quando observa outro animal (normalmente da mesma espécie) a fazer o mesmo ato. Desta forma, o neurônio imita o comportamento de outro animal como se estivesse ele próprio a realizar essa ação. Estes neurônios já foram observados de forma direta em primatas, também existe em humanos e alguns pássaros.
Considerada uma das descobertas mais importantes da neurociência da última década, alguns cientistas acreditam que estas células possam ser de importância crucial na imitação e aquisição da linguagem, e mesmo apesar da atual popularidade do tema, até à data nenhum modelo computacional ou neural plausível foi proposto como forma de descrever como é que a atividade dos neurónios espelhos suportam atividades cognitivas como a imitação.
O "vale" em questão é oriundo de um gráfico da reação positiva de um ser humano em função da verossimilhança de um robô. A expressão foi criada pelo professor Japonês de robótica, Masahiro Mori que diz que quando réplicas humanas se comportam de forma muito parecida — mas não idêntica — a seres humanos reais, provocam repulsa entre observadores humanos.
A hipótese original de Mori diz que, à medida em que a aparência do robô vai ficando mais humana, a resposta emocional do observador humano em relação ao robô vai se tornando mais positiva e empática, até um dado ponto onde a resposta rapidamente se torna uma forte repulsa. Entretanto, à medida em que a aparência continua a ser menos distinguível de um ser humano, a resposta emocional passa a ser positiva novamente e finalmente aproxima-se do nível de empatia entre dois humanos reais.
Essa área de resposta repulsiva gerada por um robô com aparência e movimentação entre "praticamente humano" e "completamente humano" é o vale da estranheza. O nome abrange a ideia de que um robô com aparência quase humana aparenta "estranho" para alguns humanos, produzindo essa sensação e falhando em ativar uma resposta empática necessária para uma interação humano-robô produtiva.
A mente humana, ao observar um semelhante, gera uma atividade incomum nos neurônios espelho, que são células que estão localizadas no córtex pré-motor, denominando-se de neurónios viso-motores ou células espelho. Trata-se de um neurônio que dispara tanto quando um animal realiza um determinado ato, como quando observa outro animal (normalmente da mesma espécie) a fazer o mesmo ato. Desta forma, o neurônio imita o comportamento de outro animal como se estivesse ele próprio a realizar essa ação. Estes neurônios já foram observados de forma direta em primatas, também existe em humanos e alguns pássaros.
Considerada uma das descobertas mais importantes da neurociência da última década, alguns cientistas acreditam que estas células possam ser de importância crucial na imitação e aquisição da linguagem, e mesmo apesar da atual popularidade do tema, até à data nenhum modelo computacional ou neural plausível foi proposto como forma de descrever como é que a atividade dos neurónios espelhos suportam atividades cognitivas como a imitação.
Marcello Araujo
Robson Trindade
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